O grupo de Rap e Hip Hop Time de Patrão se apresentou no último sábado (14), no Festival M.A.D.A. (Música Alimento Da Alma), junto com a Banda Alphorria. Os Mc’s Pablo Allon Koala e Breno Slick, com sua turma, já tinham se apresentado no Festival em outros edições, e no currículo ainda tem a abertura de shows do Racionais, Tribo da Periferia (DF) e Felipe Ret (RJ).
O “TP”, como também é chamado o grupo, com apenas cinco anos de existência já foi premiado como o melhor grupo urbano no Prêmio Hangar de Música em 2016, ShowLivre Day Plus também em 2016 e Linguagens Urbanas no Prêmio Hangar de Música de 2017.
FESTIVAL MADA 20 ANOS
Quando se fala em festival de música no Rio Grande do Norte, o nome do MADA surge como um referencial, pois foi a base para muitos artistas e festivais que surgiram depois. Mais longevo festival do segmento no Rio Grande do Norte e um dos mais antigos do Brasil, o MADA – Música Alimento da Alma — manteve-se na ativa e em 2018 completa 20 edições. A data das comemorações foram nos dias 12 e 13 de outubro, no estádio Arena das Dunas.
A estreia do MADA ocorreu em 1998, época de grande efervescência do movimento indie no Brasil, quando a cena alternativa se abastecia de artistas e bandas criativas, inventivas, ousadas. Ambiente propício para um festival que proporcionava essa visibilidade à nova contracultura brasileira. Idealizado pelo engenheiro civil e produtor musical Jomardo Jomas Azevedo, o festival alavancou o histórico bairro da Ribeira e integrou o primeiro calendário brasileiro de festivais, ao lado de Abril pro Rock, Porão do Rock, Goiânia Noise e outros tantos eventos pioneiros.
A produção, sempre caprichada, privilegia a música contemporânea e de vanguarda, inserindo o pop consistente e criativo em seus diversos sotaques, identidades e estilos. Esse equilíbrio fez do MADA o evento musical indie pop de maior público do Rio Grande do Norte e um dos maiores do Brasil. Os palcos lados a lado, idênticos, são exemplo de respeito aos artistas e se equipara as normas de políticas públicas para a cultura — que é oferecer as melhores condições para o artista, independente do seu alcance midiático.
O MADA não só é exemplo de difusão e fomento para músicos e bandas, como é um festival que tem um papel importante na formação de plateia crítica e qualificada.
Nesse sentido, o MADA é hoje o festival que equilibra shows de grande porte e artistas em ascensão, elegendo atrações inéditas e de trabalho inovador. As atrações mais pop, tem um perfil conceitual, não puramente comercial.
Para um estado pequeno no Nordeste brasileiro, o MADA tornou-se referência por ser um festival subsidiado capaz de ancorar essas produções que jamais chegariam aqui em um circuito mais comercial.
O festival também atua na área do audiovisual com o Festival CURTA NATAL de Cinema e Vídeo e o perfil formador com o Mada Faz Escola. O festival também inspirou o surgimento de outras ações musicais no Estado e incremento da cena local. O festival já teve como sedes o bairro histórico Ribeira (1998 a 2003), a Arena do Imirá na beira mar da Via Costeira (2004 a 2011), o bairro das Rocas (2012 e 2013) e o Estádio de futebol Arena das Dunas (2014 a 2017).
Ao longo de sua trajetória, o festival realizou mais de 600 bandas e artistas independentes, grandes atrações nacionais e internacionais. Não são os números que falam, mas a qualidade das atrações apresentadas. Entre 1998 e 2017, alguns dos nomes que passaram pelo MADA:
Nação Zumbi, Móveis Coloniais de Acaju, Planet Hemp, Jorge Ben Jor, Ira!, Titãs, Seu Jorge, Pitty, Chico Correa e Eletronic Band, Criolo, Cordel do Fogo Encantado, Cansei de ser Sexy, Mundo Livre S/A, Plebe Rude, Fernanda Abreu, Vanguart, Gram, Cachorro Grande, Sepultura, Paralamas do Sucesso, Skank, The Walkmen (EUA) , Camisa de Vênus, Pato Fu, Josh House (EUA), Nando Reis, Barão Vermelho, Totonho e Os Cabras, Sonic Jr, Pavilhão 9, O Rappa, Di Mello, Gerson King Combo, GilberT, Ana Cañas, Motosierra (URU), Lulu Santos, Igapó de Almas, The Automatics, Mahmed, Romero Ferro, Plutão Já foi Planeta, Juveniles (França), Versalle, Gabriel O Pensador, Luiza & os Alquimistas, Agregados, Camarones Orquestra Guitarrística, Moxine, Rivera, Scalene, Felipe Cordeiro, Nando Reis, Emicida, Rael, Baco Exu do Blues, Marcelo Jeneci, Marcelo D2, Agridoce, Natiruts, Banda do Mar, Tulipa Ruiz, Os Poetas Elétricos, Autoramas, Lunares, Lobão, Subaquáticos, Curumim, Rosa de Pedra, Revólver, Macaco Bong, Montage, Madame Satã, Mombojó, Cabruêra, DuSouto, The Crocodiles (EUA), Alphorria, Jane Fonda, Star 61, Daniel Beleza e os corações em Fúria, MopTop, Bugs, Lado 2 Stéreo, Ramirez, Los Canos, Mestre Laurentino e Coletivo Rádio Cipó, Kung Fu Johnny, The Bop Hounds, Manuche, Copacabana Club, The Gift (Portugal), Malu Magalhães, Tibério Azul, Karol Conká, Tipo Uísque, Manacá, Talma & Gadelha, A Nave, Cabaré, Esteban Tavares, Planta e Raiz, Seu Zé, Khrystal, Maguinho da Silva, Far From Alaska, Sweet Fanny Adams, Poliester, Falcatrua, Tantra e Marcelo Bonfá, For Fun, Natiruts, Los Porongas, Brand New Hate, Eletro, RSigma, The Russian Futurists (Canadá), Superguidis, Cartolas, Belina Mamão, Dj Marky, Dj Patife, Gabriel O Pensador e muitos outros grandes nomes. Em 2017 festival recebeu pela primeira vez o Baiana System, Baco Exu do Blues, Mahmundi, Deb and The Mentals, entre outros.
Por Ariel Dantas