Os policiais civis aprovaram um indicativo de paralisação para o próximo dia 21 de outubro, caso o Governo do Estado não envie o projeto de lei de reestruturação da categoria e não efetive as promoções e progressões em atraso. O ato foi aprovado durante a assembleia do Sindicato dos Policiais Civis e Escrivães (Sinpol) na manhã desta segunda-feira (7). O Sinpol ressalta que há um termo de compromisso assinado desde julho, no qual o Governo do Estado havia acordado implantar promoções atrasadas, bem como discutir e finalizar o projeto de reestruturação da carreira.
Segundo o presidente do Sinpol, Nilton Arruda, o indicativo de paralisação foi necessário porque as negociações não avançaram desde o acordo. “Hoje, não avançamos em nada, mas a paralisação só acontece se o Governo do Estado continuar dando esse tratamento. Se as negociações avançarem e o governo cumprir o que foi acordado, não há essa paralisação”, afirmou. “Iniciamos o mês de outubro e nada disso foi feito. Temos processos de promoções que estão prontos para implantação e não foram efetivados pelo Estado. Além disso, até esta data, não temos uma contraproposta do projeto de reestruturação que apresentamos ao Governo”, disse.
Desde que o acordo foi firmado, o Sinpol se reuniu quatro vezes com o Governo para levantar dados técnicos para a efetivação das promoções e progressões e da reestruturação do plano de carreira. No entanto, Nilton informa que as três últimas reuniões marcadas foram canceladas, o que comprometeu o cronograma.
De acordo com o presidente do Sindicato, diante desse cenário, os Policiais Civis decidiram por aprovar uma paralisação. “A categoria está insatisfeita com o tratamento recebido até agora, e por isso deliberou por paralisar as atividades no dia 21. No entanto, caso tenhamos avanços até lá, iremos apresentar os resultados das reuniões em nova Assembleia e decidiremos sobre a continuidade ou suspensão imediata do movimento”, completa.
Na quarta-feira da semana passada, o Sindpol teve reunião com o chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves. Ele informou que, a partir de agora, toda a negociação referente aos policiais civis sairá da Secretaria de Administração e ficará direto no Gabinete Civil. Também ficou estabelecido um cronograma de trabalho para os próximos dias.
A resposta de cumprimento ou não de acordo deve ser dado no dia 15, quando o Sinpol se reúne com a articulação política do Governo do Estado. Até lá, existe a expectativa de reuniões técnicas para continuar a elaboração das reivindicações.
“A gente espera que desta vez os prazos sejam realmente cumpridos e possamos finalizar os trâmites até o final de outubro, conforme consta no termo de acordo assinado em julho”, finaliza o presidente do Sinpol.
Por Tribuna do Norte