Foram 7 votos a favor; houve 5 abstenções e Portela votou contra. Apuração decidida por 1 décimo para a Portela teve nota com justificativa errada, o que provocou o recurso da Mocidade.
Liesa decidiu, em reunião na noite desta quarta-feira (5), pela divisão do título entre a Portela e a Mocidade. Foram 7 votos a favor; houve 5 abstenções e só a Portela votou contra.
A Mocidade havia perdido para a Portela por um décimo, na apuração divulgada na Quarta-Feira de Cinzas, na Sapucaí. O décimo em questão se deu por equívoco do julgador Valmir Aleixo, que avaliou o quesito enredo: ele se baseou na versão antiga do livro Abre-alas e tirou ponto da Mocidade, alegando que ela não apresentou um destaque de chão que, na versão atualizada, não iria mais se apresentar.
Mocidade e Portela disputaram nota a nota na apuração, que terminou com vitória da Portela após erro de jurado (Foto: Reprodução/TV Globo) |
Após a divulgação das justificativas das notas dos jurados, a escola de Padre Miguel lamentou o equívoco e disse que vai cobrar uma melhor preparação técnica dos julgadores. Apesar do descontentamento com a justificativa da nota, cumprimenta a Portela pelo “belíssimo desfile e o merecido título conquistado”.
“O que questionamos nesta nota é o despreparo apresentado pelo julgador em questão para cumprir tão importante função. É inadmissível que o sonho de uma comunidade seja jogado fora por um erro tão crasso. Criar algo que em nenhum momento esteve no livro Abre-alas’ e em cima disso nos penalizar, soa estranho e sem explicação. A Mocidade se posiciona em busca de mais preparação técnica e responsabilidade para todos os julgadores. Cobraremos isso! Meses de investimento, trabalho pesado, e a dedicação de milhares de componentes não podem ser prejudicados desta maneira”, dizia a nota que conclama a comunidade a continuar acreditando na escola para buscar o campeonato em 2018.
Também em nota, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) explicou que em 11 de janeiro a Mocidade enviou uma versão do livro Abre-alas na qual cita a presença da destaque Camila Silva, descrevendo sua fantasia como “O esplendor dos sete mares”, para os julgadores estudarem as escolas. A Liesa diz ainda que em 31 de janeiro, data da realização do curso de julgadores para o quesito enredo, os julgadores receberam uma versão impressa em preto e branco, bem como a digital colorida, para poder nortear e iniciar seu trabalho de pesquisa visando o julgamento a ser realizado por ocasião dos desfiles, conforme vem ocorrendo todos os anos.
Mas, de acordo com a Liesa, só após a distribuição da segunda versão do Abre-alas, a Mocidade alterou o roteiro enviado inicialmente, informando que Camila Silva seria rainha de bateria, com o figurino “Dona das Areias, Iemanjá”.
A Liesa diz que pode ter havido uma falha de comunicação, na qual o julgador tenha considerado informações do livro inicial e não do impresso entregue aos jurados no dia do desfile.
Via: G1